Prometheus



Título original: Prometheus
Ano: 2012
Realizador: Ridley Scott
Género: Thriller, Ficção científica
Actores principais: Noomi Rapace, Michael Fassbender, Charlize Theron, Idris Elba, Guy Pearce

Para quem não gosta da saga do “Alien” ou não gosta sequer de filmes de ficção científica, este filme é altamente desaconselhável. Para quem gosta de ficção científica, já viu e gostou do primeiro “Alien” (1979), é uma nova forma de reviver o suspense do primeiro filme.

De acordo com Ridley Scott, o filme chama-se “Prometheus” por causa da personagem da mitologia grega. Para quem não conhece ou não se lembra da história, Prometeu era um titã que roubou o fogo de Zeus, pai dos deuses e dos homens, para o dar aos mortais, concedendo-lhes assim alguma superioridade. Zeus castigou-o, amarrou-o a uma rocha e diariamente vinha uma ave comer-lhe o fígado, que voltava a crescer antes do dia seguinte, para toda a eternidade.

Há actores reconhecidos que empregam o seu talento igualmente reconhecido às personagens que desempenham, como Michael Fassbender que aparece com um desempenho impecável, e há outros actores provavelmente completamente desconhecidos como Noomi Rapace, no papel de protagonista, que nos surpreendem com o seu talento e capacidade para suportar o peso da responsabilidade do papel principal.
Muitas vezes os filmes de ficção científica perdem por não terem grandes actores, confiando na qualidade dos efeitos especiais. “Prometheus” aliou as duas vertentes, não decepciona, antes surpreende.

Para quem já viu o filme não passou despercebida uma ideia fulcral que quase se sobrepõe ao medo ao monstro Alien. Para quem ainda não viu e pretende ver, espero que esta mensagem subliminar não lhe passe ao lado: trata-se da busca do criador do homem, pelo homem, na tentativa de tentar perceber o que o levou a criar-nos.
A reviravolta do filme (e fiquem por aqui aqueles que não gostam de grandes revelações) é que os nossos criadores, vindos do espaço, resolveram que o melhor a fazer era destruir-nos, não vou revelar como nem porquê. E surge uma nova questão: porque alguém se daria ao trabalho de nos criar para de seguida nos condenar?

Aqui poderíamos encontrar paralelo com a questão intemporal: “Porque é que Deus nos criou e permite que soframos?”. Para mim, as diferenças entre os “Arquitectos” e o meu Deus são óbvias.
Em primeiro lugar, Deus criou-me para Sua glória e ama-me. Os “Arquitectos” do filme, que supostamente criaram o homem, certamente não amavam a sua criação.
Em segundo lugar, no filme, há um problema constante que é o de se conhecer o criador, não se sabe como ele é ou como vai reagir. O meu Criador dá-se a conhecer, e apesar das falhas do homem, Ele não cessa de nos procurar.
Por último, Ele não me destrói, Ele salva-me através da maior manifestação de amor possível: Ele dá a sua vida através de Jesus Cristo, não para me condenar à morte mas sim para me dar vida. Uma vida por uma vida. A d’Ele pela minha e pela tua.

Texto de Joana Loja
4 Julho 2012

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