Mãe

No Dia das Mães o Filipe Santos partilhou o seu dom connosco ao ler-nos:

Mãe

Olha, meu filho, quando, à aragem fria
De algum torvo crepúsculo, encontrares
Uma árvore velhinha, em modo e ares
De abandono e outonal melancolia,

Não passes junto dela, nesse dia
E nessa hora de bênçãos, sem pares;
Não vás, sem longamente a contemplares;
Vida cansada, trémula e sombria.

Já foi nova e floriu entre esplendores;
Talvez em derredor dos seus amores,
Ainda haja filhos que lhe queiram bem...

Ama-a, respeita-a, ampara-a na velhice;
Sorri-lhe com bondade e com meiguice;
Lembra-te, ao vê-la, da tua própria Mãe!

António Correia de Oliveira
8 de Maio 2011

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